MONITORAMENTO GLOBAL - ATIVIDADES SÍSMICAS E VULCÕES: Sismos induzidos

Sismos induzidos

Estes são sismos associados à ação humana quer direta ou indiretamente. Podem-se dever à extração de minerais, água dos aquíferos ou de combustíveis fósseis, devido à pressão da água das albufeiras das barragens, grandes explosões ou a queda de grandes edifícios. Apesar de causarem vibrações na Terra, estes não podem ser considerados sismos no sentido lato, uma vez que geralmente dão origem a registros ou sismogramas diferentes dos terremotos de origem natural.

Alguns terremotos ocasionais têm sido associados à construção de grandes barragens e do enchimento das albufeiras por estas criadas, por exemplo na Barragem de Kariba no Zâmbia . O maior sismo induzido por esta causa ocorreu a 10 de Dezembro de 1967, na região de Koyna a oeste de Madrasta, na Índia. Teve uma magnitude de 6,3 na escala de magnitude de momento. Também têm a sua origem na extração de gás natural de depósitos subterrâneos.

Podem também ser provocados pela detonação de explosivos muito fortes, tais como explosões nucleares, que podem causar uma vibração de baixa magnitude. Assim, a bomba nuclear de 50 mega toneladas chamada tsar bomba detonada pela União Soviética em 1961 criou um sismo comparável aos de magnitude 7, produzindo vibrações tão fortes que foram registradas nos antípodas. Para dar efeito ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, a Agência Internacional de Energia Atómica usa as ferramentas da sismologia para detectar atividades ilícitas tais como os testes de armamento nuclear. Com este sistema é possível determinar exatamente onde ocorreu uma explosão.2 3 4

Profundidade dos sismos

Podem ser classificados de três formas: superficiais, intermédios e profundos.
  • Superficiais – ocorrem entre a superfície e os 70 km de profundidade (85%)
  • Intermédios – ocorrem entre os 70 e os 350 km de profundidade (12%)
  • Profundos – ocorrem entre os 350 e os 670 km de profundidade (3% dos sismos)
  • Em profundidades superiores a 700 km são muito raros
Na crosta continental, a maior parte dos sismos ocorrem entre os 2 e os 20 km, sendo muito raros abaixo dos 20 km, uma vez que a temperatura e pressão são elevadas, fazendo com que a matéria seja dúctil e tenha mais elasticidade. Como a crosta oceânica é fria, nas zonas de subducção os sismos podem ser mais profundos.

Sinais precursores

  • Aumento da emissão de gás rádon ou radônio;
  • Aumento da emissão de gás hélio;
  • Aumento da emissão de gás metano, com possível formação de nuvens de metano (coloridas);
  • Aumento da atividade de vulcão de lama;
  • Ocorrência de microssismos;
  • Alteração da condutividade eléctrica;
  • Flutuações no campo magnético;
  • Modificações na densidade das rochas;
  • Variação dos níveis da água em poços próximos das falhas;
  • Anomalias no comportamento dos animais; por exemplo migração em massa de anfíbios.
  • Aumento da emissão de dióxido de carbono em áreas vulcânicas;

Após o sismo